Pixinguinha e Raul
A
Raul de Souza
Onde
está o bonde da santa
que
me criou para menino passarinho
e
que ainda não soube que eu cresci e perdi e reaprendi
a
capacidade de criar um barulho chamado música
Onde
está o trombone do seu Raul
que
planta sons na palma da mão
nos
ouvidos então
de
uma criança de pança entupida de sonhos
de
valsa da valsa mais linda de Pixinguinha
coberta
de notas coloridas pelo amor à melodia
Onde
está aquela poesia que fiz quando estava feliz
e
que dizia que todo dia devo tentar sorrir
apesar
de saber a quantidade de mentiras sem ritmo que atiram perto de mim sorrindo
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