Na arte, pelo menos, entrelaçam-se os elementos subjetivo e objetivo, a ponto de se tornarem indistinguíveis; um se origina do outro e assume o caráter do outro; o subjetivo concretiza-se sob a forma do objetivo, e o gênio consegue reconduzi-lo à espontaneidade, fala a língua da subjetividade.
A arte progride e o faz por intermédio da personalidade, que é produto e instrumento da época, e na qual fatores objetivos e subjetivos ligam-se até tornarem-se indistinguíveis, assumindo uns a forma de outros. Devido à necessidade da renovação, depende ela do veículo do mais intenso sentimento subjetivo, que acha chochos, inexpressivos e obsoletos os recursos ainda corriqueiros e se serve daquilo que aparentemente não é vital, a saber, da predisposição pessoal da lassidão, do fastio intelectual, do asco que acomete a quem perceba o "segredo do feitio", da maldita inclinação de ver as coisas à luz da sua própria paródia, do "senso cômico". Repito: o desejo de vida e progresso, inerente à arte, põe a máscara dessa tíbias qualidades pessoais, para ssim manifestar-se, objetivar-se, cumprir-se.
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