terça-feira, 31 de dezembro de 2013

365 dias com poesia, 31 de dezembro de 2013 -- SUPRASSUMO



SUPRASSUMO

Todos dizem que os poemas pequenos são perfeitos, espelho de minh’alma, que são como um suprassumo de tudo o que gostariam de dizer se pudessem
Quando na verdade desde menino sinto tudo isso o barulho do mar o azul do céu de um olhar castanho sinto muito e muito intuitivo sempre desconfiei que um dia iria conseguir demonstrar esses sentimentos que estavam empedrados aqui dentro um dia depois de dez anos da morte de meu irmão e de alguns sustos tão grandes quanto fiquei achando que nada poderia me impedir e então comecei a escrever sobre tudo o que havia vivido sentindo um frio da tristeza de perceber que quase todos que poderiam tentar tentaram me demover dessa aparente besteira como pode ser besteira querer dizer o que sentimos?
E disso tudo para alguns mil poemas foi um pulo que acabou de acabar explico não tenho mais a necessidade que tinha de continuar continuo e continuarei porque é belo escrever sobre o sofrimento que a vida é sem fugas sem desculpas tolas de não querer mostrar o quanto estou triste hoje porque aí vão saber que estou triste como se todos não estivéssemos tristes de alguma maneira também a vida é linda e simples mas perigosa porque não há controle sobre o tempo que irá nos magoar no mínimo por levar quem amamos antes de nós e aí começa a pedra de Drummond a se manifestar e aí mora o perigo de não sabermos qual será nossa reação se insistiremos, desistiremos ou comeremos o alpiste que nos ajudará a continuar a olhar a vida a cantar a rimar a pintar a vida com um olhar azul apesar de já sabermos o quanto ela dói e é cinza


 Exa(us)to

Exato exausto mas feliz não conseguiria viver sem ter esse excesso de projetos por que lançar livros cds quadros? Com certeza para mascarar a dor de saber que de repente sumimos do mundo sem aviso prévio abandonando quem amamos por isso sigo fazendo rindo chorando de vez em quando colorindo de azul pensamentos nublados os dias sem sol vêm me lembrar da necessidade de me expressar e antes que tudo acabe acabo com um grito: ESTOU FAZENDO O QUE ME É POSSÍVEL!

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