estrelas azuis
Por
acaso
O
acaso me achou
Meu
irmão morreu
E
dez anos depois
Me
descobri poeta
Do
primeiro poema a esse
Foram
longos anos absurdos
Que
passaram com a rapidez da intensidade vivida
E
vivo dizendo que apesar de tudo tive sorte
Pois
do torpor poético me sobraram versos
Que
provam minha lucidez
Altivez
sóbria de um menino de quase cinqüenta anos
Bem
amados e respirados
Saudade
sinto de todos os que se foram
E
se foram era porque era chegada a hora de brilhar sendo
Estrelas
da cor azul que escolhi acreditar
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