quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

MURILO MENDES (2)

"A MANHÃ


Ninguém sabe se a manhã
Traz promessa de prazer.

Anônimas sanfoninas
Alternam com sábias.


Transformou-se o vento de ontem,
Agora sopra sereno.


Sai um homem para o trabalho,
Saem dois, saem três, saem mil
Pensando na volta.
Ontem não havia
Aquela roseira em pé,
E a carícia d'agora
Desapareceu no ar.

Os braços espantam
Os restos da noite.".

Nenhum comentário:

Postar um comentário