segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

MURILO MENDES (15)

"PÁLIDO GUERREIRO


Ó pálido guerreiro,
A morte cobiçou tua pele
--- Profundezas de mulher ---,
Clamaste contra o inimigo
Que se agitava em ti mesmo,
No teu sangue navegador e confuso
Que teus pais construindo barreiras
Não resgataram.


(Chorai sobre vossos descendentes
Nascidos em berços de lágrimas,
Não choreis sobre mim.)


Ó pálido guerreiro,
És o próprio guerreiro que não fui:
Por ti eu me perdôo
E semeio crisântemos na campa.".

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