Poesia, música e pensamentos, muitos pensamentos ao vento, pensamentos em movimento...
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
centro
MURILO MENDES (18)
MURILO MENDES (17)
MURILO MENDES (16)
MURILO MENDES (15)
Angústia
MURILO MENDES (14)
MURILO MENDES (13)
Grandes e pequenos
Extremos
IMPLICÂNCIA
Maquiagem
MURILO MENDES (12)
MURILO MENDES (11)
MURILO MENDES (10)
MURILO MENDES (9)
Onda e fera
tevê
Cem
Elefante
Mordida
sábado, 29 de janeiro de 2011
DIVINA
SURPRESA
UM PESSOA
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Arestas
Faroeste
Borboletras
Pote
Companheiros
E voa
Famoso
Cicatrizes
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
MURILO MENDES (8)
MURILO MENDES (7)
MURILO MENDES (6)
Navegação
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Temporada
Sinônimos
MURILO MENDES (5)
MURILO MENDES (4)
MURILO MENDES (3)
MURILO MENDES (2)
MURILO MENDES (1)
retintos
Casas caiadas
Poetas Portugueses 7
Maria Alberta Menéres, no poema sem título do livro Água-memória:
"Parece igual a flor
mas já não é.
De corpo decepado, ainda a cabeça move
toda a graça!
Só amanhã secará.
Aguentasse um dia a nossa esperança,
um dia apenas de cabeça viva
e corpo decepado,
aguentássemos nós a vida em nossos olhos
depois do corpo morto,
e em nós começaria a eternidade.
mas a seiva que ilude a bela flor
é mais forte que o sangue verdadeiro."
Poetas Portugueses 6
João Rui de Sousa, em:
"AZUL PELA PEDRA
A palavra azul é pela pedra:
pela dureza que vai de seixo
ao centro da montanha,
que vai de um paralelepípedo
aos húmidos rochedos que se ouvem
(porque nos falam) frente ao mar,
frente à pedra que é só pedra,
frente às paredes de gelo
que se transformam em pedra
ou num vislumbre de pedra.
A palavra é azul pela pedra:
a que se contempla, a que se retira,
a que se guarda,
a que se parte e reconstrói.
Azul sobretudo
pela pedra que nos fere e cega
pela pedra que dói.".
Poetas Portugueses 5
António Maria Lisboa, com:
"POEMA
Para o Mário Cesariny
Moveu-se o automóvel --- mas não devia mover-se
não devia!
Ontem à meia-noite três relógios distintos bateram:
primeiro um, depois outro e outro:
o eco do primeiro, o eco do segundo, eu sou o eco do terceiro
Eu sou a terceira meia-noite dos dias que começam
Pregões de varina sem peixe
--- o peixe morreu ao sair da água
e assim já não é peixe
Assim como eu que vivo uma VIDA EXTREMA.".
Poetas Portugueses 4
David Mourão Ferreira, em:
"CASAS CAIADAS
Por entre casas caiadas
de luar e de silêncio,
paira no meio da estrada
a poeira de outros tempos...
Por entre casas caiadas,
mas com desgraça por dentro
(ó varandas enfeitadas
com trepadeiras de vento!),
algumas desmanteladas,
de apodrecidas empenas
(todavia nos telhados
antenas e cataventos...),
por entre casas caiadas,
por entre casas (Silêncio,
que ronda o medo da estrada
em automóveis cinzentos!)
há jorros de luz salgada,
há torrentes de veneno...
E dentro daquelas casas
quando foi que nós morremos?".
Poetas Portugueses 3
Pedro Homem de Mello em:
" MARÉ VASA
Expulsos do governo da cidade,
Descalços, pela noite, vimos todos
Restituir-Te, à flor dos nossos lodos,
A dádiva suprema da verdade.
Nós, o amor, ou antes: a pureza.
Nós, a virtude, ou antes: o sorriso.
Expulsos do terreno paraíso
E com a carne, para sempre, acesa.
E não foi mais que sonho o nosso crime!
E não foi mais que sonho o nosso abraço!
Mas todos Te seguimos, passo a passo,
à espera do remorso que redime...
expiação de quê? De que pecados,
Se demos rumo eterno a tantas vidas?
Ó capitão das tropas esquecidas
Que, assim, deixas morrer os teus soldados!"
Poetas Portugueses 2
António Manuel Couto Viana, com
" O AVESTRUZ LÍRICO
Avestruz:
O sarcasmo de duas asas breves
(Ânsia frustrada de espaço e luz,
De coisas frágeis, líricas, leves);
Patas afeitas ao chão;
Voar? Até onde o pescoço dá.
Bicho sem classificação:
Nem cá, nem lá.
Isto sou (Dói-me a ironia
-- Pudor nem sei de quê).
Daí a absurda fantasia
De me esconder na poesia,
Por crer que ninguém a lê.".
Poetas Portugueses 1
"GOTA DE ÁGUA
Eu, quando choro,
não choro eu.
Chora aquilo que nos homens
em todo o tempo sofreu.
As lágrimas são minhas
mas o choro não é meu.". (António Gedeão, em Movimento perpétuo)
"MANHÃ
Como um fruto que mostra
Aberto pelo meio
A frescura do centro
Assim é a manhã
Dentro da qual eu entro". (Sophia de Mello Breyner Andresen, em Livro sexto).
PESSOA SOA (Poemeu)
Pessoa soa
entoa
nossas dificuldades
nos transforma em moscas
na sopa
de angústia e incompreensão
espremida
pelo seu eléctrico gigante
de coragem e lucidez
Lúcifer
acidez
clara visão e compreensão
de nossa dimensão humana
escarro esgoto putrefo
não escrevo em Português
escrevo em pessoa
(peçonha)
pessonhez
aridez do sertanejo que ainda mantenho
fingimos desconhecer nossos enredos
Pessoa criou-nos na escrita
e por isso vive!
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
PESSOA SOA (9)
"Viajar? Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de estação para estação, no comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruçado sobre as ruas e as praças, sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre diferentes, como, afinal, as paisagens são.
Se imagino, vejo. Que mais faço eu se viajo? Só a fraqueza extrema de imaginação justifica que se tenha que deslocar para sentir.
"Qualquer estrada, esta mesma estrada de Entepfuhl, te levará até ao fim do mundo." Mas o fim do mundo, desde que o mundo se consumou dando-lhe a volta, é o mesmo Entepfuhl de onde partiu. Na realidade, o fim do mundo, como o princípio, é o nosso conceito do mundo. É em nós que as paisagens têm paisagem. Por isso, se as imagino, as crio; se as crio, são; se são, vejo-as como às outras. Para quê viajar? Em Madrid, em Berlim, na Pérsia, na China, nos Pólos ambos, onde estaria eu senão em mim mesmo, e no tipo e género das minhas sensações?
A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos.".
PESSOA SOA (8)
"Que de Infernos e Purgatórios e Paraísos tenho em mim -- e quem me conhece um gesto discordando da vida...a mim tão calmo e tão plácido?
Eu não escrevo em português. Escrevo eu mesmo.".
PESSOA SOA (7)
"Deus criou-me para criança, e deixou-me sempre criança. Mas por que deixou que a Vida me batesse e me tirasse os brinquedos, e me deixasse só no recreio, amarrotando com mãos tão fracas o bibe azul sujo de lágrimas compridas? Se eu não poderia viver senão acarinhando, por que deitaram fora o meu carinho? Ah, cada vez que vejo nas ruas uma criança a chorar, uma criança exilada dos outros, dói-me mais que a tristeza da criança o horror desprevenido do meu coração exausto. Doo-me com toda a estatura da vida sentida, e são minhas as mãos as bocas tortas das lágrimas da vida adulta que passa usam-me como luzes de fósforos riscados no estofo sensível do meu coração."
PESSOA SOA (6)
"O campo é onde estamos. Ali, só ali, há sombras verdadeiras e verdadeiro arvoredo.
A vida é a hesitação entre uma exclamação e uma interrogação. Na dúvida, há um ponto final.
O milagre é a preguiça de Deus, ou, antes, a preguiça que Lhe atribuímos, inventando o milagre.
Os Deuses são a encarnação do que nunca poderemos ser.
O cansaço de todas as hipóteses...".
PESSOA SOA (5)
"Regra é da vida que podemos, e devemos, aprender com toda a gente. Há coisas da seriedade da vida que podemos aprender com charlatães e bandidos, há filosofias que nos ministram os estúpidos, há lições de firmeza e de lei que vêm no acaso e nos que são do acaso. Tudo está em tudo.
Em certos momentos muito claros da meditação, como aqueles em que, pelo princípio da tarde, vagueio observante pelas ruas, cada pessoa me traz uma notícia, cada casa me dá uma novidade, cada cartaz tem um aviso para mim.
Meu passeio calado é uma conversa contínua, e todos nós, homens, casas, pedras, cartazes e céu, somos uma grande multidão amiga, acotovelando-se de palavras na grande procissão do Destino.".
PESSOA SOA (4)
"...Ninguém, suponho, admite verdadeiramente a existência real de outra pessoa. Pode conceder que essa pessoa seja viva, que sinta e pense como ele; mas haverá sempre um elemento anónimo de diferença, uma desvantagem materializada. Há figuras de tempos idos, imagens espíritos em livros, que são para nós realidades maiores que aquelas indiferenças encarnadas que falam connosco por cima dos balcões, ou nos olham por acaso nos eléctricos, ou nos roçam, transeuntes, no acaso morto das ruas. Os outros não são para nós mais que paisagem, e, quase, sempre, paisagem invisível de rua conhecida.
Tenho por mais minhas, com maior parentesco e intimidade, certas figuras que estão escritas em livros, certas imagens que conheci de estampas, do que muitas pessoas, a que chamam reais, que são dessa inutilidade metafísica chamada carne e osso. E "carne e osso", de facto, as descreve bem: parecem coisas cortadas postas no exterior marmóreo de um talho, mortes sangrando como vidas, pernas e costelas do Destino.
Não me envergonho de sentir assim porque já vi que todos sentem assim...".
PESSOA SOA (3)
"A maioria dos homens vive com espontaneidade uma vida fictícia e alheia. A maioria da gente é outra gente, disse Oscar Wilde, e disse bem. Uns gastam a vida na busca de qualquer coisa que não querem; outros empregam-se na busca do que querem e lhes não serve; outros, ainda, se perdem...
Mas a maioria é feliz e goza a vida sem isso valer. Em geral, o homem chora pouco, e, quando se queixa, é a sua literatura."...
PESSOA SOA (2)
"A experiência directa é o subterfúgio, ou o esconderijo, daqueles que são desprovidos de imaginação. Lendo os riscos que correu o caçador de tigres tenho quanto de riscos valeu a pena ter, salvo o do mesmo risco, que tanto não valeu a pena ter, que passou.
Os homens de acção são os escravos involuntários dos homens de entendimento. As coisas não valem nada senão na interpretação delas. Uns, pois, criam coisas para que outros, transmudando-as em significação, as tornem vidas. Narrar é criar, pois viver é apenas ser vivido.".
PESSOA SOA (1)
"Publicar-se -- socialização de si próprio. Que ignóbil necessidade! Mas ainda assim que afastada de um acto -- o editor ganha, o tipógrafo produz! O mérito da incoerência ao menos!".
"Ter opiniões é estar vendido a si mesmo. Não ter opiniões é existir. Ter todas as opiniões é ser poeta.".
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
A massa
falso arrogante
M í s s i l
Pequena alma
Credos
De onde?
Tremor
O MITO
Antídoto
domingo, 23 de janeiro de 2011
4 de julho
DESTERRO
segredo inteiro
guardado
pesadelo
e o zelo
em tê-lo
refresco
(de urticária)
humilha
amassa as letras
em palavras
(guardadas)
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
PULO
longe da areia
esverdeadas
montanhas
aquecem meu olhar
o branco das ondas
encapelam minhas sombras
das nuvens vem a chuva
pingos azuis
de orgulho
pelo pulo
que dei no mar
NADO
poemas não escritos de homens que não
tiveram tempo de observar o mar
e se emocionar com a constância
de sua grandeza
realeza é se acostumar
à essência de sal
tempero da vida
vida que desprevenida
abre-se para mim em
sorriso de avenida escancarando-se
em opções
poções
de lágrimas mágicas sensações
de poder salgado escrever com
lápis palavras doces ventiladas
coloridas pelos guarda-sóis
lembrando-me dos desates dos
nós estamos vivos
e devemos nadar sem pensar em nada
O NADA
raiva do vento
que me lembra seu cheiro
as estrelas do mar dançando
nossa música
o agarro da areia são seus beijos
e o vento não me solta
pipas colorem minha solidão
há então
um momento em que
assobio olhando o nada
e o nada sou eu
TESTEMUNHA
passando
(passado)
vento no arvoredo
espalhando
(empalhado)
frutas
antes vermelhas
gotas de orvalho
fazendo o carvalho de testemunha
de nosso choro passado
QUEIMA
juntos queimando
são extinção
olhos e lágrimas
juntos chorando
são histórias
passadas
vividas
mágoa e lembranças
juntas queimando
são palavras
de fogo
queimando
rosas
sozinhas
histórias
A sombra
daquela árvore
testemunha das ondas da praia
recolheu nossos olhares
(apaixonando) (beliscando)
dois habitantes da cidade
desacostumados com a areia
nos arranhamos até o tempo arritmado
nos deixar a sós
com nós mesmos
Costura
desenrolei um novelo
e por tê-lo
fiz uma camisa de tinto sangue
pingos de diamantes
como botões
me detive nos acabamentos
mas
sem tempo de costurá-los
pintei-os
no estrado da cama
para não esquecê-los
vendo estrelas
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Poça
Indeciso
Alpinistas
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Decência
palavras
resvalam
valem
o peso daquilo que conceituam
atuam em nós como talismãs
imãs
unem ou afastam
dependendo da polaridade
fáceis de serem faladas
difíceis de serem escritas
e ditas podem mudar nossa direção
e são nossa consciência, quando nos punem
e são nossa decência, quando nos nutrem
e são nossa decadência, quando nos escondem
mas sempre são
sempre serão
Território
Os dados
Céu cinza
Construção
domingo, 16 de janeiro de 2011
Gauleses
É POESIA
Bolhas
PRECONCEITOS
Carnavais
A Praia
sábado, 15 de janeiro de 2011
TRAGÉDIA
POESIA BASCA ANTIGA (2)
POESIA BASCA ANTIGA
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
M(n)ãos
escorre em desavisados nãos
mãos de perdão
quantas são?
quando tempo esperei
para entender
que nãos
muitas vezes
vêm fantasiados
de talvez?
(jaula)
(poesia)
presa
fica sem voracidade
tão necessária
à arte
o elã se esvai
no aperto
de uma folha pautada
(jaula)
E o diabo
usá-las muito
aprendi a
desrespeitá-las
sem medo das palavras
posso
escrever sobre
Deus
e
o Diabo
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Fuligem
a fuligem finge que é cinza
o cinza é o preto sem palavras brancas
sem exatas plantas sem ter com quem conversar a lenha dá vida à fogueira
nos dá oportunidade da sombra
monstra mania de nos queimar em palavras
Divisa
O próximo
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Combinações
Bruxas
O vento
Tentativa
à liberdade
P.P.
Escrevendo...
Regra
são dois dos predicados
que nos tipificam
bravos e sorridentes
entredentes
se diz
a verdade
se rega
a semente
que pode virar
flor ou árvore
regar e esperar
dois predicados
que deveriam nos qualificar
Fantasma
quem tem um olho é Rei
em terra de desdentado
quem tem um dente
sorri
em terra de desalmados
quem tem alma
é fantasma
...e ouso
de viver desinibido
a libido é hino ou de fino
trato?
acho
que inibo porque faço
é mais fácil esperar para me criticar
se o crítico soubesse faria não ficaria escondido atrás de citações codinomes escudos em desuso
sou Deus e ouso
A-M-O-R
...por onde começar...mais um poema...já não me importam mais os números...já me vejo com lugar garantido entre os que souberam olhar e do espelho retirar algumas palavras...quebrados no chão ainda estão alguns cacos de vida de vidro faço uma taça para comemorar a vitória de ainda estar aqui...escrevendo vendo e sofrendo tudo que deveria tudo está escrito? ou ainda posso inventar novos passos nessa dança de vida? acredito em Deus ou no poder da ciência? uma coisa anula a outra ou só inventando Deus conseguimos explicar nossa existência entre bilhões de estrelas? quem disse que não somos uma, cadente? um cometa? um entredentes de insignificância, resto de pólvora perante uma estrela-guia, que só acende ajudado por uma mãozinha do fósforo criado por quem? adivinhe? ganha um doce quem soletrar a primeira letra da palavra que nos define
FASES (5)
ALFINETE
Não tô nem aí se remete a Saramago se às vezes lembra Pessoa estou aqui afogado em loas não quero medalhas sei o tamanho do alfinete estilete entre os dentes esse é meu nome os que sabem que não sabem não escrevem por não terem coragem e eu sabendo que sei escrevo sobre o que não sei não me vejo à toa nesse mundo midiático em que a performance é medida mais pelos amigos de bar do que pelo tamanho das letras em todos os lugares é isso que faz funcionar a engrenagem nunca direi nada contra isso ao contrário quero descobrir para que lado é a maré e surfar de pranchão não tô nem aí para sua opinião vou fazer de qualquer jeito já aprendi nado de peito no leito deito e tremo a mão de frio não me importo aprendi a escrever com calafrio não preciso das condições ideais quem os tem? Comigo é no ferro! passar bem
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
JABUTICABAS
Jabuticabas
Caídas em mim
Deixaram marcas
Ranhaduras
Severas
Escassas
Qualidade rara
Machucaram a negra pele
Mostraram o branco dos olhos
Esparramaram remorsos
Ficou no ar perfume de saudade
FASES (4)
NOITES MAL DORMIDAS
Noites mal dormidas
Por amor
Noites mal dormidas
Por cuidar
sem se incomodar
com nada
Noites mal dormidas
Sem se levar em consideração
Como agradecer
A quem se preocupou
Sem se importar
Em estarmos juntos
No futuro
Como agradecer
Às noites de sábado mal dormidas
Sem estarmos nos amando
Os domingos pela manhã
Com atenciosos beijos e abraços de saudade
Agradecer
À pessoa
Que me fez chegar
pensando
é o mínimo
é muito difícil
assumir
o amor incondicional
peço perdão se demorou
mas
antes tarde do que nunca
Mãe, te amo!