domingo, 14 de julho de 2013

Dilma, o poste (Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo, da Veja, edição 2330).

A crise da presidente Dilma Roussef expõe os limites da teoria do poste.(...)

Nenhum poste gosta de ser chamado de poste, e a cortesia manda que os fazedores de postes (Lula) não os chamem pelo desprestigioso apelido. (...)

No caso da presente crise da presidente -- porque a crise que começou nas ruas evoluiu, sim, para uma crise da presidente --, os efeitos perversos da eleição de um poste (Dilma) revelam-se nas seguintes evidências:

1 O governo está sem rumo.

A desconhecida Dilma foi-nos apresentada como "gerentona". Hoje é a gerenre que não gerencia uma equipe balofa e incoerente.

Não há nem articulação nem comunicação que funcionem se a outra ponta não funciona. A outra ponta é o gabinete presidencial.


2 Desaba o respeito ao governo. As vaias são o de menos.

Ao vácuo de liderança sucede-se a balbúrdia no Congresso.

O desrespeito à presidente propicia a abertua da temporada de caça ao Erário.


3 O poste foi feito refém.

Dilma já se entregou ao obrigatório ritual de encontrar-se com Lula.

Tem-se uma presidente obrigada à reverência de uma instância superior. O resultado é a perda da reverência que deveria inspirar.

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