Feliz a árvore que é somente sensitiva
E muito mais a pedra dura que nem sente,
que dor maior não há do que a dor de ser vivo
nem mais funda pena do que a vida consciente.
Ser e nada saber, e ser sem rumo certo,
e o temor de haver sido e um futuro terror...
O espanto inevitável de amanhã estar morto,
e sofrer pela vida e pela sombra e por
tudo que mal sabemos e mal suspeitamos
e esta carne que tenta com seus racimos frescos
e a tumba que aguarda com seus fúnebres ramos
e ignorar aonde vamos e de onde foi que viemos!...
(Tradução: Thiago de Mello).
Nenhum comentário:
Postar um comentário