TINTO
Não gosto de enredo
Por isso não escrevo romances
Pinto as cores dos significados das palavras em rimas
Quando algo é azul
Pinto azul
Como a solidão sentida
Por aquele cara ali na esquina
Que todo dia
Bebe sozinho
Sorvendo histórias
De quem ele nem ao menos conhece
Não sabe o nome dos sonhos que ri
Então é de tinta azul-solidão que esse verso precisa...
Quando vejo uma criança brincando de pintar
Tenho vontade de copiar sua espontaneidade
Seus sóis são simples e cinzas
Seus céus são sulfúricos simétricos
Seus sapatos são sujos sofridos
De um sofrimento inventado em ocre
(Pimba!outro verso)
Sorte minha conseguir perceber e ao perceber não esquecer de continuar
E continuar sem parar para respirar e de me emocionar pela bendita sina de tintas retinas e esquinas
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