Poesia, música e pensamentos, muitos pensamentos ao vento, pensamentos em movimento...
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Candura
de que tudo é mais difícil do que parecia
me vi escrevendo feito um louco
mas
pouco a pouco
fui acalmado pelas letras
que já estavam acostumadas
a produzir candura
Imagem e ação
Famintos
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Pereira
sábado, 26 de fevereiro de 2011
HEBERT VIANA, poeta
SEGUINDO ESTRELAS
Sigo palavras e busco estrelas
O que é que o mundo fez
Pra você rir assim
Pra não tocá-la, melhor nem vê-la
Como é que você pôde se perder de mim
Faz tanto frio, faz tanto tempo
Que no meu mundo algo se perdeu
Te mando beijos
Em outdoors pela avenida
E você sempre tão distraída
Passa e não vê, e não vê
Fico acordado noites inteiras
Os dias parecem não ter mais fim
E a esfinge da espera
Olhos de pedra sem pena de mim
Faz tanto frio, faz tanto tempo
Que no meu mundo algo se perdeu
Te mando beijos
Em outdoors pela avenida
Você sempre tão distraída
Passa e não vê, e não vê
Já não consigo não pensar em você
Já não consigo não pensar em você
DJAVAN, poeta
Meu bem querer
É segredo, é sagrado
Está sacramentado
Em meu coração
Meu bem querer
Tem um quê de pecado
Acariciado pela emoção
Meu bem querer
Meu encanto, estou sofrendo tanto
Amor, e o que é o sofrer
Para mim que estou
Jurado pra morrer de amor
MEU BEM QUERER
Meu bem querer
É segredo, é sagrado
Está sacramentado
Em meu coração
Meu bem querer
Tem um quê de pecado
Acariciado pela emoção
Meu bem querer
Meu encanto, estou sofrendo tanto
Amor, e o que é o sofrer
Para mim que estou
Jurado pra morrer de amor
CAETANO VELOSO, poeta
Lua de São Jorge
lua de são jorge
lua deslumbrante
azul verdejante
cauda de pavão
lua de são jorge
cheia branca inteira
oh minha bandeira
solta na amplidão
lua de são jorge
lua brasileira
lua do meu coração
lua de são jorge
lua maravilha
mãe, irmã e filha
de todo esplendor
lua de são jorge
brilha nos altares
brilha nos lugares
onde estou e vou
lua de são jorge
brilha sobre os mares
brilha sobre o meu amor
lua de são jorge
lua soberana
nobre porcelana
sobre a seda azul
lua de são jorge
lua da alegria
não se vê o dia
claro como tu
lua de são jorge
serás minha guia
no brasil de norte a sul
GILBERTO GIL, poeta
Drão!
O amor da gente
É como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer pra germinar
Plantar nalgum lugar
Ressuscitar no chão
Nossa semeadura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Nossa caminhadura
Dura caminhada
Pela estrada escura...
Drão!
Não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão
Estende-se infinito
Imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Nossa caminhadura
Cama de tatame
Pela vida afora
Drão!
Os meninos são todos sãos
Os pecados são todos meus
Deus sabe a minha confissão
Não há o que perdoar
Por isso mesmo é que há de haver mais compaixão
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre, nasce trigo
Vive, morre pão
drão!
drão!
No calor
Odalisca
Cereja
Imposição
Filhos sãos
Grãos
bobos
Do meio para o fim
Direto do Aurélio (projeto)
A saída
Embolada
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
De amor
sob sombras de mãos
envergonhadas
queixo pousado
em joelhos
também acanhados
deixa marcas
esculpidas
linhas do esforço de conter-se
cabelos desalinhados
são molduras desse quadro...
Trote
mas não tenho força para entrar
reclamar é o que todos fazem
sem saber o esforço que é se mudar
daqui de paris para o mundo sem torre sem cavalo que me dê um passo largo
que marque os ritmos da minha caminhada
Relógio suiço
quem muda aqui sou eu seu teu céu tudo está escrito ? então não sigo na direção errada? não entendo nada mas vivo? preciso como relógio suiço?
a paisagem continua parada e eu estou inscrito em mim
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Cadáver
Carrossel
Plantação
Beija-flor
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
m...
Interessante
escovo os dentes, com interesse
engarrafo, com interesse
trabalho, com interesse
reúno, com interesse
almoço, com interesse
disputo, com interesse
engarrafo, com interesse
janto, com interesse
(interessante aprender a viver...)
Em sorrisos
o poeta transforma letras em sorrisos alheios
Espuma
numa fração me transformo no nada
balanço
o vento minha respiração marca
sal
suor
espuma de boca
navegando
tolo
DIRETO DO AURÉLIO (12) -- Universo
DIRETO DO AURÉLIO (11) -- Deus
DIRETO DO AURÉLIO (9) -- Sublime
DIRETO DO AURÉLIO (8) -- Belo
DIRETO DO AURÉLIO (7) -- Poesia
MIGUEL GULLANDER,em Perdido de volta (2)
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Caçada
mundo de cartas marcadas
adaptação
é se adaptar e tentar caçar suas próprias palavras
descobrir a fonte da sua insatisfação
difícil não se deixar pensar pela idiotice alheia
que prefere destacar falhas
ao invés de realçar a importância da coragem de tentar
Esforço
no meio do caminho tem um cara que sabe que está no meu do caminho
só não sabe ainda o tamanho da pedra que irá carregar
Canto
a emoção de uma história que estava contida
escondida
não sabia e ainda não sei bem aonde
ontem
me lembrei da primeira vez que cantei
e descobri que foi pensando em dizer que te amava
Keith Jarret
Derrota
Maxilar
Martelo
(martelo batendo em prego)
Sinal
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Frutífero
Pombos
Luz solar
tatoo
Contas
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Anônima
Silêncios
DIRETO DO AURÉLIO (6) -- Caráter
DIRETO DO AURÉLIO (5) -- Natureza
DIRETO DO AURÉLIO (4) -- Essência
DIRETO DO AURÉLIO (3) -- Alma
DIRETO DO AURÉLIO (2) -- Sentimento
DIRETO DO AURÉLIO (1) -- Emoção
Invenções
. de vista
A Prisão
Sincero
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Antigo carnaval
Fundo-do-mar
Leitura
!SENTIDO!
Respostas?
Ruim
Botequim
A Rotina
um epitáfio
Reconhecido
MIGUEL GULLANDER, em Perdido de volta
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Dragões
Havaí
IRON MAN
Veneno
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Quem
O Corvo
Orações
Luvas
Consentido
Freio
Teso
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Uzão
ALFONSO ALCALDE, poeta chileno
Astronautas
Profetas
Em paz
Barbatanas
Insaciável
Morte
reformatório
Poças
O poetinha
Quantos são
Agora
JORGE TEILLIER, poeta chileno
Confissão
Meninos-passarinhos
Religare
sábado, 12 de fevereiro de 2011
ÃO
Num tempo
Laranjas
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
ENRIQUE LIHN, poeta chileno
Quase
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
NICANOR PARRA, poeta chileno
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Transformação
EDUARDO ANGUITA, poeta chileno
"...La poesia cabe dentro del esquema del amor. Su función fundamental es um acto de caridad por el cual intentamos reconciliar al mundo en su original armónia, en su unidad, perdida por el primer pecado. Es útil que recordemos en este instante la definición de imagem poética: relación entre dos o más realidades lejanas.
Tal vez tengamos uma missión redentora com respecto a las cosas; tal vez debamos levantar al mundo hacia Dios asi como Cristo lo hizo com nosotros. Espiritualizarlo....".
HUMBERTO DIAZ CASANUEVA, poeta chileno
“...Lo que otros llaman inspiración y que para ellos es facilidad jugosa, es para mi plenitud tanto de mis dones como de mi impotência.
Tal vez me suceda esto porque no escribo para agradar sino explorar. La experiencia poética me interesa como uma manera de tranparentar el fondo de la existencia humana...”.
PABLO DE ROKHA, poeta chileno
“...Bueno, me ciño a la definicion de Engels y al encontrar el reflejo social de mi tiempo, creo haberme encontrado a mi mismo, porque el hombre es indiscutiblemente reflejo de la sociedad y se refleja em la sociedad. Existe el enorme juego dialéctico en este hecho como em todos los hechos. De tal manera que influencias no. No porque me crea demasiado grande ni demasiado chico, ni nada. Sino sencillamente porque el hombre que investiga dentro de si mismo, en función del pueblo, en función de la placenta materna de la tierra que lo engendró puede llegar a encontrar un modo, un lenguaje, un destino social, poético, que sea suyo y creo que yo lo he encontrado y desarrollado porque lo he perseguido y lo persigo todavia...”
Obrigação
Embaraço
sendo
Dicção
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Frios
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Estatura
Ex-cultor
Ver-te
Asul
Sóbria
Livre, livros
Ao Chico
DE HOLLANDA
Espoletas
Marieta
Me deu na veneta
homenagear
homem culto
senhor
dos sinônimos
também
Antônios
Olhos da cor do mar
Mestre
Que amansa
Lobos
Boscos
Betânias
Nos acalma
Ao Caetanear
Cronista
Preciso
Por vezes
aflito
na prosa perfeita
nos deixa
sem fôlego
trôpegos
equilibrando
morenas
de angola
do rio também
meninas
dengosas
suas notas
misturadas
às letras
dão samba...
Respiração
Os dados
O núcleo
Pi ao quadrado
Quadro torto
Adubo
Sacolé
Cosquinhas
cometas
Vontade
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Advogados
a maioria
dos advogados gostaria
mas se irrita com a ordem posta na própria cabeça
um poema não precisa
(nem deve)
ser explícito
mimo
biscoito fino
sim
mas
sem preocupações de explicar
até porque não somos professores
viemos para confundir
qual Chacrinha
somos filósofos de esquinas
Nadador
Não saio
Se não ensaio
Não canto
tudo na vida tem um custo
nado
para cantar
canto
para não morrer afogado
Via Láctea
VIVA CECÍLIA! (10)
VIVA CECÍLIA! (9)
O dia inteiro
Frutíferas
Hipnose
Da navalha
Cochilo
Silva X Belfort
Os vascos
Os brilhos
Aloprado
Conceitos poéticos
sábado, 5 de fevereiro de 2011
30 poemas
Pregos
travesseiro
Mundano
Dito a dor
Eternos
Mergulho
Escolha
Escrete
Picolés
Por um fio
Frutos
Filhos-livros
VIVA CECÍLIA! (8)
BRIGAS (música nova)
Idiossincrasias cristãs
Ironias finas
Fantasias ricas
Alegorias imãs
Nossas brigas
Não acabarão X2
Nem tudo que começa acaba?
Nem tudo que é uva passa?
Seus olhos são azuis?
De que tom
São nossas brigas?
Não acabarão
Alegorias imãs
Fantasias ricas
Ironias finas
Idiossincrasias cristãs
Nossas brigas
Não acabarão X2
Nem tudo que começa acaba?
Nem tudo que é uva passa?
Seus olhos são azuis?
De que tom
São nossas brigas?
Não acabarão
ASSOBIO (música nova)
A noite azul assobiando X2
Seu nome para mim é um pranto X2
A noite sozinha me namorando X2
Seu nome para mim é um manto X2
Em qualquer lugar
Sua voz é um assobio
Me chamando (REFRÃO X2)
(Convenção com assobio)
A noite azul me namorando X2
Seu nome para mim é um encanto X2
Em qualquer lugar
Sua voz é um assobio
Me chamando (REFRÃO X2)
A noite sozinha assobiando X2
Seu nome para mim é um canto X2
Em qualquer lugar
Sua voz é um assobio
Me chamando X2
(Final com assobio)
Surfe
De ponta
Fruta Gelada
Enxofre
Boitatá
Rodinhas
Animal
De chocolate
Encapelado
Juventude e arte
Eminências
Dentista
Em promoção
...só
Imaginação
Fofoca
Censura
Proposital
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Tempo perdido
anterior à feitura do meu primeiro poema até agora já se passaram quase três anos que transformei em uns quinze na busca do tempo perdido agora com a calma de quem produziu posso começar a escutar as opiniões contrárias
Fantasmas
nascemos para ser estrelas e não para fantasmas
Sobrevivente
Cartola
Quando os ontens se transformarão em amanhãs?
Onde o poeta se esconde?
Quando palavras virarão amanhãs?
Latente
olhos pingam remorsos
moços pingam sofreguidão
quem disse que a juventude não sofre
quem disse que um poema não é um norte
num mundo de latente idiotia
Compressão
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
VIVA CECÍLIA! (7)
VIVA CECÍLIA! (6)
VIVA CECÍLIA! (5)
VIVA CECÍLIA! (4)
VIVA CECÍLIA! (3)
VIVA CECÍLIA! (2)
VIVA CECÍLIA! (1)
Diversões
Brigadeiro
O treino
Predicados
eu
quando num poema
os outros não me conhecem
e podem pensar
o que quiserem
num poema
sou sujeito
verbo
predicados
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Desculpe, Cecília.
Desculpe, Cecília. Não consigo ver a natureza com olhos de poesia, não consigo me fixar em abelhas, flores, passarinhos, em quitanda, em verduras, em aventais e fogão a lenha, tudo isso me causa estranheza. Fui criado na praia, água e sol, curtiram esse cara que sou. Não consigo falar de verdes -- gosto de azuis --, caules e percevejos são meio que estranhos num ninho pouco sutil de prédios e ruas ainda vazias àquela época de poesia. Desculpe, Cecília! Apesar disso, muito admirei seu poema, tanto que o postei no blog. Rimas lindas, alta poesia, emoldurando nossa agitada vida de presos sem algemas numa cidade extremamente violenta, desalmada, diria. Como Quintana -- sou criança, mas uma criança rebelde que talvez um dia consiga ver a beleza da flor sendo gerada, da cor sendo maturada em sombra e água, da dor sendo aplacada pelo simples gesto de um regador nas mãos certas.
Vívidas
Platéia
Pato
Cisne
Inibição
Querida
Árvores
o pássaro
não dará sorte
ao encontrar
o fruto dependurado
soube
no passado
deixar restos
presentes germinados
(poema criado de uma frase falada por um amigo, José Carlos)
UNIFORMES
poemas
são armas
pedras
verdadeiros tiros na indiferença
revolução possível
só com tinta
caneta no meio das pernas dos jogadores que andam pelos campos
de salto alto e pernas de pau
desconhecendo o ranger de seus dentes
temendo a criança que irá dizer-lhes estarem nus
Mapa
mas
o mais importante é nadar
sentir medo das ondas
marear
sabendo dos próprios limites
sonhando navegar sem os limites a nós impostos por um mapa
Forma e Conteúdo
Opinião
é apenas
sua opinião
aprendi a discernir
insistir
interferir
ferir sem matar
ferir sem morrer
Pelada
quase sempre erro
e berro
sério
(não gosto de errar)
insisto
(é importante tentar)
num mundo em que as pessoas ficam olhando uma partida de futebol
prefiro esfolar o dedão jogando na rua
(da amargura)
A ilha
ilhabela
isla bela
iça a vela
das desconsiderações
rochedos
são expansões
ações
de um mar rebelado
encapelado mar desconhece a solidão da ilha