domingo, 2 de junho de 2013

Marco Plácido, DOR

A Fernando Pessoa



Sendo dor

sinto os dedos tremerem

os dedos do poeta que geme

a sabedoria de sentir-me presente



os leitores sentem-me latente

dor do poeta entristecido

pela existência que finge

em pingos



que espremo sendo razão

nas calhas de roda

comboio de corda

do poeta que se chama coração

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