domingo, 3 de julho de 2011

Escrever é... (3)

Comecemos pelo fim, indiscutível que ler aumenta o repertório de palavras, aumenta a capacidade de reconhecer bons textos e com isso facilita o trabalho de elaborar as próprias experiências no momento de escrevê-las.

Agora, não adianta isso se falamos pouco. Desculpem os não-falantes, mas falar é fundamental, pelo menos na minha experiência, quanto mais nos arriscamos mais estaremos aprendendo a reagir às considerações urgentes que são necessárias para travar um diálogo. E explico: ao falar estamos sempre entrando em contraditório. Por mais que não queiramos, a discórdia aos nossos pontos de vista será interessante para o treino da oposição de pensamentos e é essa oposição que, na constância, nos fará pensar de modo mais claro para que possamos demonstrar onde queremos chegar com nosso raciocínio, espelhado em palavras faladas.
E, por consequência, ao nos treinarmos nas palavras faladas estamos praticando, sem nos dar conta, escrevê-las de modo claro quando necessário.


A exposição do falante é diária. E essa disposição à exposição sem dúvida ajuda na hora de encaixar as palavras em seus devidos lugares. Um calado então não pode escrever bem?! Lógico que pode. O que quero dizer é que para a maioria das pessoas será menos sofrido o ato em si de escrever para aqueles que estão mais acostumados à exposição.

Nenhum comentário:

Postar um comentário