segunda-feira, 11 de julho de 2011

ANTONIO OLINTO, poeta

"A SOMBRA

para Carybé


É água quando nágua cai
É terra quando está na terra
E o sol deseja tê-la sempre
No lado oposto
Equilíbrio e referência
Na hora do sol-posto ela se alonga
Torna-se fímbria
De horizonte
E sinto que também me entorno e alargo
No propagar e difundir
Derramar e espargir
Cada trecho meu que a sombra leva
Para longe
Mas logo o escuro geral
Vem da linha do morro e engole as coisas
Cada sombra recolhida em si mesma
Em água e terra
pacificada pela
Noite.".

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