INFINITO
À
memória de Carlos Frederico, que nos deixou aos trinta anos
Cara
A falta que sinto de você não
tem nada a ver com o passado
Sinto falta de você aqui
convivendo conosco
Seus sobrinhos iam se amarrar
no seu jeito
Iam te abraçar e beijar e rir muito
das suas histórias
Algumas tive que inventar de
memória
Suprimindo uma saudade que eles
têm de você do pouco que eu falo
É difícil ainda dói às vezes é
mais fácil escrever o que sinto
Sinto muito muito mesmo não ter
tido tempo de te conhecer como seus amigos te conheceram e choram no meu ombro
quando nos encontramos
Todos passaram naquele dia 22
de julho de 1997 em diante a carregar uma mágoa da vida
Passaram a conhecer a crueldade
da falta de despedida
Todos sem exceção gostam de mim
e de Luiz apenas por sermos seus irmãos
E isso é o mais bonito que você
nos deixou
Até um dia desses quando se for
possível riremos muito de tudo o que fizemos neste mundão infinito
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