Hoje é daqueles dias em que um
copo d’água em cima da mesa dá um poema
Como se fosse só esticar a mão
e pegar numa árvore virtual uma fruta
Assim nada me irrita passo a
observar sociologicamente a necessidade da mentira como prática social
Tem ex-presidente se dizendo
honesto (a Lula)
Um atual fingindo ser
competente com qualidade gerencial (o Dilma)
Um pessoal na televisão
fingindo cantar
E eu em casa fingindo escutar
O silêncio para a poesia é
fundamental
Quanto menos besteira se ouve
Mais as lembranças em imagens
povoam minha mente
E sempre sai algo entre o
cínico e o lírico
Porque a vida também não é essa
coisa linda que os românticos adoram destacar
A vida sangra e é essa cor de
sangue que pretendo registrar aqui em letras que (também) enganam que são
poemas
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