Descrever paisagens ou objetos também pode ser uma técnica poética, porém, acho, que o que aumenta a potência do texto poético, particularizando o poeta, é a imediata visualização pelo leitor daquilo que acabou de ser lido.
O poeta, não me perguntem como, consegue tanto falar como escrever utilizando imagens que se fixam na cabeça do leitor, proporcionando imediata identificação. Do mesmo modo, como escreve buscando imagens, o poeta se vê influenciado por elas e aí percorre o caminho inverso, meio que colocando em palavras suas sensações intuitivas sobre elas.
Perguntado, outro dia, se sou intuitivo, afirmei ser totalmente intuitivo, porque faço sem pensar, mas depois do poema pronto passo a utilizar a parte intelectiva para enquadrá-lo num futuro livro ou mesmo descartá-lo, muito tempo depois, por ter feito outro mais inteiro ou por acabar desgostando do dito-cujo.
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