quarta-feira, 28 de setembro de 2016

366 dias com poesia, 28 de setembro de 2016 -- MÁQUINAS VOADORAS

MÁQUINAS VOADORAS

Olho o papel em branco
(na verdade a tela em branco)
Nenhuma imagem vem à mente
(e eu preciso de imagens para escrever)
Nenhum jeito de falar
Nenhum assunto que não esteja nos jornais
Um calor infernal provoca gotas de suor na testa
E nada vem
Nada

De repente ouço um pássaro tentando imitar uma máquina de ar condicionado
Acionado pelo vizinho
E penso:
Até os bichinhos sem saber querem ser máquinas
(será que é para não morrer, será?)

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