quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Matisse -- Plácido, poema: sementes de gente

sementes de gente

A Angélica Plácido

Em silêncio penso nas notas nas folhas nos buquês
Nos poemas que plantei com mãos de medos revelei
Tantos segredos quantas lágrimas foram choradas
Entreguei parte de mim mandei buscar perfume de jasmim (onde?)
E ouvindo jazz adiei a partida que talvez já tivesse chegado se não tivesse começado

Depois do começo o meio de vida a fim de continuar me enganei imaginando a quantidade de pessoas que olhariam meus filhos (poucos foram lidos...) mas a intensidade das poucas palavras amigas demonstraram os poucos amigos verdadeiros que tenho e se tenho foi por merecimento deles e de mim o perfume de jasmim não nasce de macieira e nem de peras ele é feito e nasce do momento da criação da imaginação que usa mãos e letras para plantar sementes de gente

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