quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Projeto Plácido e Pablo -- Revisado -- Poema: piquenique

Atelier du Fournas Vallauris le 18 octobre 1954

Pourquoi tant et tant pleurer les amandiers en fleurs? faits autour de l’arche de miel de l’ogive pendue aux faîts bien éclatants mis au jour d’aujourd’hui si galamment mis en évidence à la fenêtre. Les mains pleines de sel entourant la courbe de musique sonnant le tocsin sur les drapeaux mis en berne. L’heure levée si tôt mordant dans le pain rassis – traînant ses tripes sous l’évier. La rage accompagnant le défilé et la fanfare. Les enfants cuits à point arrosant le gerbe de ses cris et de ses rires. Le prévoyant conseil tordant ses draps sur l’herbe. La chasse arrondissant ses angles dépouillant ses linges sur le toit de toute sa grandeur. Et le sucre figé et les mille et cent fleurs de l’azur suintant son haleine sur les pompons de guipure accrochés aux branches. La necessite faite em losanges et triangles rôdant sa dimension acquise aux solives. L’amour disant la bonne aventure aux nids d’hirondelles brisés sur les dalles de la terasse. Une absolute position extrêment difficile à tenir couchée debout au bord de la barque émeraude. La necessite de faire le bilan les comptes et la lessive avant le soir. Remplir des épluchures jetées le long des à goutte et à flots aux orties. La pleine décadence faite reine et chevaux de frise de tous faits accomplis. L’aurore boréale comiquement déguisée en cigale prêteuse.

Un point c’est tout.


Ateliê de Fournas Vallaris, em 18 de outubro de 1954.


Por que tanto tanto choro das amendoeiras em flor? feito ao redor da arca de mel na ogiva caída nas cumeeiras resplandecentes misturadas ao dia de hoje gentilmente evidenciadas pela janela. Mãos cheias de sal circundam a curva de música sonora de sino sobre as bandeiras a meio pau.  As horas se levantam rápidas mordendo o pão duro – arrastando suas tripas sob a pia. A raiva acompanha o desfile e a fanfarra. As crianças cozidas ao ponto engrossam-se no molho de gritos e risos. Conselho precavido torce a toalha sobre a grama. A caçada arredonda seus ângulos despojando-te de tuas roupas íntimas sobre o abrigo de tua grandeza. E o açúcar endurece e mil e tantas flores azuis destilam seu hálito sobre os pompons de renda agarradas nos galhos. A necessidade amadurece em losangos e triângulos que adquirem dimensão nos mastros. O amor dita a boa ventura nos ninhos das andorinhas destruídos nas lajes no terraço. Uma situação extremamente difícil dorme de pé a bordo da barca esmeralda. Há a necessidade de apurar o prejuízo antes do anoitecer. Catar o lixo jogado longe em gotas e ondas nas urtigas. A plena decadência se faz rainha e escapa na melhor cavalgada de tudo que já foi realizado. A aurora boreal comicamente disfarça-se de exibida cigarra.
  

Assunto encerrado.

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