O POETA JÁ PINTA!
Quando
espreme exprime a rima da tinta de lágrimas
Quando
senta e chora em palavras quando tenta apenas tenta se comunicar
Num
mundo com cada vez mais tecnologia e com menos olhos e ouvidos
Símios
somos sempre quando sozinhos somos sufocados pela solidão
Às
vezes na multidão também há poucas mãos com quem conversar
Às
vezes a rotina o cinza a primazia a tirania TUDO
Nos
impede e às vezes nos sentimos compelidos a não tentar
PINTO!
RIO! ESGRIMO! A doença de fingir suportar
O
cansaço do fingimento tingimento de expectativas em tecido importado
Com
tinta ruim nacional DESEJO sorrir mesmo sem motivo mesmo no princípio dum
quadro abstrato mal pintado...
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