domingo, 18 de agosto de 2013

Armando Freitas Filho, poema: HÁ MEIO SÉCULO

Componho para além do fôlego
da folha, para fora do papel.
Não é como escrever firmando
no tampo da mesa, na página
do livro, no tempo da areia
sujeita ao mar, sequer. Componho
para frente, onde o leitor se forma
no espaço e lê, e leva o que possuiu.

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