choro
por me lembrar do tempo
em que os abraços eram dados com braços
que tangerinas eram conhecidas
nos pés
tempo em que uma música de amor
sempre falava em coração
e tempo em que nos parques
árvores sofriam em canivetes o mal do amor
choro e continuo chorando a dor da descoberta
de um mundo que poderia ser melhor se não fosse nossa vontade de estragá-lo
com nossas fraquezas propagandeadas pela televisão e fofocadas
à exaustão pela tecnologia
que dizem salvará o mundo
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