segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

PEDRO SALINAS, poeta espanhol

Sobre ele, escreveu Drummond: Não são muitos, entre nós, os que amam -- porque a conhecem -- a poesia de Pedro salinas. Mas esses poucos são fervorosos na sua devoção. Circunstâncias diversas têm impedido que tomemos conhecimento da moderna lírica espanhola, a partir de Juan Ramón Jiménez: apenas García Lorca, pela imolação, atraiu interesse geral, antes doloroso. Entretanto, poetas como Pedro Salinas, Rafael Alberti, León Felipe, Jorge Guillén, Luís Cernuda, Gerardo Diego, Altoaguirre suportam confronto com os maiores cantores atuais da Europa e da América.
Como seu mestre Juan Ramón, salinas tem a dicção sutil que convém à expressão de estados profundos e evanescentes da alma. Uma nobre melancolia circula em seus versos, que elevam o sentimento amoroso à plenitude de uma tomada de contato com a essência do mundo. "Poeta de emoções claro-escuro -- diz dele César González-Ruano --, de uma doçura contida, prefere a intimidade poética com uma auto rigorosa seleção do episódio e insignificante, que tem um valor quase de confidência explicada... Chegou a um acerto mágico de expressão amorosa, não raro sem superação possível na lírica da Espanha".

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