Macho
Alfa
Ameba
Beta
Plano
Delta
Time
Gama
Esses gregos...
Abraços, Marco.
Poesia, música e pensamentos, muitos pensamentos ao vento, pensamentos em movimento...
De que me adianta
O céu
Azul
Sol
Solto
Abóbora
De que me adianta
A manhã
Quente
o leite
O pão
De que me adianta
essa mão...
solidão
Abraços, Marco.
Coroas indignados eriçados ouriços magoados barbado observo a tudo com graça é fácil rir da desgraça alheia indiferença é que nos mantém a todos atordoados de novo o novo é tido como otário fracasso de fracassados imagens desfocadas equivocados mantém o artifício é mais fácil ter opinião sobre o que não entendem desmentem os cordéis os cordões que faço meus versos meus faros como, se fingem não ouvir? sacaneiam dão risadas da própria ignorância que extravagância quanta conto os meses que faltam e olha que faltam poucos fracassam tão bem quanto eu
Abraços, Marco.
Explicado já está
mas
volto a falar sobre esse assunto
Os poetas somos animados
Por termos descoberto o tampão
Emoção e intimidade
Com as letras não podem ser confundidas
Com besteiras de amor
Adolescente
Criança
Ingenuidade
Santa
Clarividência
Evidências de como a vida se comporta a porta aberta para tudo que seja de sentimentos e momentos devem ser vividos e escritos sabemos que para a maioria é difícil senão impossível pois aprendemos a não expor o que pensamos gostamos vivemos e vivemos até a hora que tudo tem que sair e sairá vomitado ou digerido e este é o conflito que o homem não pode negar
fazer o quê? Continuar...
Abraços, Marco.
...qual é a sensação
De saber-me lido todo o dia?
...é...
como um passarinho diante de um precipício...
Obrigado a voar!
Abraços, Marco.
Gullar falou
e é verdade
O poeta é melhor fazendo arte
Fazendo a sua parte
que é reinventar o mundo
nossos sustos é que nos dão o direito de continuarmos nos assustando
e escrevendo sobre tudo o que nos fará sermos um pouco mais assustados e menos ruins
Abraços, Marco.
Nesse mundo novidadeiro
O que será novidade?
Talvez
hoje
Novidade seja
Algo
Parecido com um clássico
Misturada à linguagem mais chula
Mais da rua...
Como essas roupas de alta costura
Abraços, Marco.
Os músicos
anseiam
por adjetivos...
Enquanto
Espero a falta
De palavras...
(falta de ar
emocionada...).
Abraços, Marco.
Forma de respirar a vida...
Jeito de olhar...
Destaques de coisas óbvias...
(para quem?)
Escrita sucinta
Com rimas
Algumas vezes
Sem sentido
Pelo menos
Num primeiro momento...
(release da artista: poesia)
Abraços, Marco.
COTOVIA SEM RIMA
Pode um poema mudar o mundo?
Com este Declamador de Sonhos, quarto livro de uma inquieta produção poética, Marco Plácido expressa que a poesia não se rende a manifesto algum. É, ela própria, o Manifesto maior de aprender a acreditar em sonhos impossíveis, de saber o fim / sem ter visto o início.
É esse vibrante cariz naïf que faz com que a poesia se desnovele num autêntico teclusdigitus: Sem muita frescura / Punk atitude / Marra carioca, no Ritmo da fera que não teme assumir seus insensatos e muito “A gosto” sabores do (Im)próprio Amor – reverberando tal clóvis ébrios de si mesmos nos antigos carnavais da Terra de Araribóia.
Nessa estante do nosso sentir, Plácido leva-nos através de ecos (sub)jazz(scentes) a uma variedade, digamos, de tradições-improviso, que retomam o gauche drummondiano, mas enraizado na releitura do mundo a partir dos clichês da vida cotidiana, abertamente confessional e flertando com seus limites na forma de uma cripto-paródia modernista, como nos insuspeitos versos do poema “Ancião” ou na fina trama do não menos insuspeito “Amor Esquecido”. Há também espaço para a memoralística de “Perguntas para Tetê” no qual a felicidade de hoje interroga a de ontem sobre as saudades que permanecem; nos vestígios meta-poéticos em Apenas pela vontade de mudar / Não se importando com a direção de “Manifesto-Poesia”; na incipiente visão social de “O Estofador”; ou na confissão de “Outro Como”, onde é inequívoco o sentimento de aprendizado daquele que não se entrega porque não consegue sentir; também presente na beleza rítmica dos versos de “Enigmático”, em que o poeta febrilmente interroga ... Quem comandará / Nossa direção... / para o agitado / final / do nosso / tempo.
Assim, nos deparamos ante uma pungente poética em formação que prima pelos tostões reflexivos sem rodeios. Nessa mirada, a canção da cotovia é a poesia sem rimas; se elas lá estão, talvez seja para nos lembrar do poder de nossas “Desvantagens Categóricas” .
Maria Isabel Oliveira Fróes Cruz
Bacharel em Letras e Tradutora
Parei de correr
Admito o tempo não me pertence
Não sou ventríloquo
Sou fantoche
Estou preso a ele
É dele a vontade de me fazer continuar
Admito
por mim
Não quero parar
De continuar
A espelhar
Verdades e mentiras
Aqui nesse retângulo virtual
Esbranquiçado
Vez por outra manchado de sangue
Cinza
Porque único possível
Escrever é como a vida
Só escrevemos o que é possível ser escrito
Abraços, Marco.
Todas as vidas são inventadas
Todos os dias
invento uma palavra
Todo dia faço uma rima com seu nome
Soletro letra por letra
Pintando-o de prata
Todas as letras gostam das palavras
Não esqueço disso
E por isso
Todos os dias escrevo
Mesmo na areia da praia
Um poema tem seu lugar
Mesmo apagado é lambido
Mesmo apagado é querido
Mesmo que não tenha
Oficialmente existido
Foi gerado
E dele
Sou
Pai filho espírito
Um poema
É
Uma combinação de vidas inventadas
Abraços, Marco.
Só um lembrete do Quintana ...
'A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo:
Não deixe de fazer algo que gosta, devido à falta de tempo,
pois a única falta que terá,
será desse tempo que infelizmente não voltará mais.'
Mário Quintana
Sem voz
Não falo
Sem mãos
Não afago
Sem olhos
Não choro
100 falos
Por que voz
100 afagos
Por que mãos
100 choros
Por que olhos
Abraços, Marco.
Li num filme vi num livro ouvi no teatro telespectei no Cd assisti na internet conversei como papagaio...
Só os verbos me definem
Abraços, Marco.
DOS VERDES
A escuridão
Não me permitiu
Continuar
A perseguir
Os tons de verde
Da floresta que tenho à minha frente
As sombras
Estragam
as surpresas verdes
NEGRO
As luzes vão embora
Lá fora a hora rola se esconde nas folhas de verdes sombreados escuros de mundos
Os amarelos acinzentam tudo vai ficando negro a noite impossibilita qualquer sonho colorido
Abraços, Marco.